O arquipélago dos Açores tem das mais fabulosas paisagens de Portugal. Não há grandes dúvidas acerca disso, mesmo para quem nunca o visitou.
Até há cerca de uma semana atrás, apenas conhecia o que via por aí. Já há algum tempo que estava na "lista" uma visita a este local.
Ao preparar a viagem, tinha de seleccionar bem o destino, pois o tempo disponível não ia ser muito, e saltar de ilha em ilha não era uma opção. Como alternativas tinha a ilha de S. Miguel ou então o "conjunto" S. Jorge/Pico/Faial. A escolha acabou por cair sobre a maior ilha do arquipélago.
O início da viagem foi duro. Já não temos 20 anos, e com um voo com saída de Lisboa às 6:30 acabámos por sair de "directa" (a viagem de Coimbra para Lisboa começou lá pelas 3:00) depois de um dia de trabalho.
A (sempre) paciente Liliana Guedes lá nos foi apoiando como "designated driver", e acabou também por fazer a foto-reportagem da visita.
Até há cerca de uma semana atrás, apenas conhecia o que via por aí. Já há algum tempo que estava na "lista" uma visita a este local.
Ao preparar a viagem, tinha de seleccionar bem o destino, pois o tempo disponível não ia ser muito, e saltar de ilha em ilha não era uma opção. Como alternativas tinha a ilha de S. Miguel ou então o "conjunto" S. Jorge/Pico/Faial. A escolha acabou por cair sobre a maior ilha do arquipélago.
O início da viagem foi duro. Já não temos 20 anos, e com um voo com saída de Lisboa às 6:30 acabámos por sair de "directa" (a viagem de Coimbra para Lisboa começou lá pelas 3:00) depois de um dia de trabalho.
A (sempre) paciente Liliana Guedes lá nos foi apoiando como "designated driver", e acabou também por fazer a foto-reportagem da visita.
DIA 1
À chegada ao aeroporto de Ponta Delgada, o tempo revelou-se "açoreano" (temperatura amena, com bastantes núvens). Não eram núvem "perfeitas", mas eram as que havia, e não seria isso que nos ia impedir de fotografar.
Eram, nesta altura, cerca de 8:00 da manhã. Muito cedo para ir fazer o check-in no hotel (em Água d'Alto, perto de Vila Franca do Campo), pelo que começamos a traçar o percurso. Pegamos no Peugeot 207 alugado, e rumamos ao primeiro destino: a Lagoa do Fogo. Pelo caminho, começamos a ter o primeiro vislumbre da belíssima paisagem açoreana. Nunca tinha estado lá. Já tinha visto muitas fotografias, mas ver todo aquele verde pela primeira vez tem um impacto diferente. Ver o contraste do mar com a montanha e da cidade com o campo, enche-nos os olhos e a alma.
Quando começamos a subir em direcção aos miradouros para a lagoa do fogo, apercebemo-nos que o pequeno 207 tem alguma dificuldade em "trepar" pelas encostas íngremes. Mas com algum esforço (e muito combustível) lá vai subindo.
À chegada ao aeroporto de Ponta Delgada, o tempo revelou-se "açoreano" (temperatura amena, com bastantes núvens). Não eram núvem "perfeitas", mas eram as que havia, e não seria isso que nos ia impedir de fotografar.
Eram, nesta altura, cerca de 8:00 da manhã. Muito cedo para ir fazer o check-in no hotel (em Água d'Alto, perto de Vila Franca do Campo), pelo que começamos a traçar o percurso. Pegamos no Peugeot 207 alugado, e rumamos ao primeiro destino: a Lagoa do Fogo. Pelo caminho, começamos a ter o primeiro vislumbre da belíssima paisagem açoreana. Nunca tinha estado lá. Já tinha visto muitas fotografias, mas ver todo aquele verde pela primeira vez tem um impacto diferente. Ver o contraste do mar com a montanha e da cidade com o campo, enche-nos os olhos e a alma.
Quando começamos a subir em direcção aos miradouros para a lagoa do fogo, apercebemo-nos que o pequeno 207 tem alguma dificuldade em "trepar" pelas encostas íngremes. Mas com algum esforço (e muito combustível) lá vai subindo.
À medida que nos afastamos da costa, o preto e branco das simpáticas e pachorrentas vacas vai pintando os prados verdes.
As vacas e as curvas na estrada são os unicos elementos que vão quebrando a monotonia do verde dos pastos e do azul do céu.
As vacas e as curvas na estrada são os unicos elementos que vão quebrando a monotonia do verde dos pastos e do azul do céu.
Com a subida, a temperatura vai baixando, e a brisa que se fazia sentir começa a tornar-se num vento desagradável que se faz notar na estabilidade do pequeno 207. Numa primeira paragem por terras mais altas, apercebemo-nos que é difícil abrir as portas do carro sem que elas se fechem com a força do vento. A temperatura aqui começa a convidar a fechar os casacos e voltar ao carro. Avista-se já a costa norte da ilha. Subindo mais um pouco, começamos a entrar na núvem que cobre todo o pico da Água de Pau (+- 950m de altitude), e com isso o 207 começa a ser fustigado com água e vento a uma velocidade elevadíssima. A visibilidade era quase nula.
Estavamos neste momento a chegar ao primeiro miradouro para fotografar a lagoa, mas não conseguiamos avistar nada a mais de uns 5 metros de nós. (foto: Liliana Guedes)
Estavamos neste momento a chegar ao primeiro miradouro para fotografar a lagoa, mas não conseguiamos avistar nada a mais de uns 5 metros de nós. (foto: Liliana Guedes)
Resignados, seguimos viagem, descendo o caminho que vai até à Ribeira Grande. Pelo meio, fizemos uma paragem no parque da Caldeira Velha. Visitamos o espaço, fizemos uma ou outra foto, e eu aproveitei para tomar o pequeno almoço, apesar de desencorajado pelo primeiro contacto com o distinto cheiro que emana da caldeira.
Terminada a vistia, continuamos a descer até que encontramos um miradouro sobre a Ribeira Grande, já fora da névoa. Descemos até à vila, mas a chuva convidou-nos a seguir viagem.
Terminada a vistia, continuamos a descer até que encontramos um miradouro sobre a Ribeira Grande, já fora da névoa. Descemos até à vila, mas a chuva convidou-nos a seguir viagem.
Daqui subimos novamente até às Caldeiras da Ribeira Grande, onde novamente se fazia sentir o típico cheiro a enxofre. Nesta zona pouco mais havia do que um "tanque" onde a água fervilhava, emanando algum vapor.
Saídos das Caldeiras, rumamos por estradas secundárias em direcção às Lombadas. Não sabia o que eram e continuei sem saber até pesquisar. Parece que é o vale, com toda aquela vegetação, que inclui floresta laurissilva. O denso nevoeiro fazia-se já sentir novamente a esta altitude.
Decidimos que era hora de voltar, e rumamos a Vila Franca do Campo.
Decidimos que era hora de voltar, e rumamos a Vila Franca do Campo.
De volta à costa sul da ilha, aproximavamo-nos da hora do almoço. Fotograficamente, a viagem tinha até agora sido um falhanço. Convinha que gastronomicamente fosse melhor.
À chegada a Vila Franca do Campo, decidimos então almoçar. A minha escolha recaíu num bife de espadarte com molho de manteiga e alho. A viagem começava então a recompensar. O peixe era delicioso, e o restaurante tinha uma vista agradável sobre o porto de pesca. Apesar do vento, a esplanada era agradável.
Para terminar, uma queijada da vila. Deliciosas, embora continue a preferir as de Pereira do Campo e as de Tentúgal :)
À chegada a Vila Franca do Campo, decidimos então almoçar. A minha escolha recaíu num bife de espadarte com molho de manteiga e alho. A viagem começava então a recompensar. O peixe era delicioso, e o restaurante tinha uma vista agradável sobre o porto de pesca. Apesar do vento, a esplanada era agradável.
Para terminar, uma queijada da vila. Deliciosas, embora continue a preferir as de Pereira do Campo e as de Tentúgal :)
Após o almoço, aproveitamos para fazer o check-in no hotel. Sem grandes luxos, o hotel era bom. Fora da vila, junto à praia de Água d'Alto, onde se podia realmente descansar. Depois de uma noite sem dormir, o hotel parecia convidar a uma sesta de umas horas, mas tinhamos toda a ilha para visitar, e seguimos viagem. O destino eram as plantações e a fábrica de chá Gorreana, novamente na costa norte.
Visitar a fábrica de chá é fazer uma pequena viagem no tempo. A maquinaria, muito bem cuidada e (ao que tudo indica) perfeitamente funcional, leva-nos para a altura da revolução industrial.
A fábrica é uma das mais antigas, senão a mais antiga, da Europa ainda em funcionamento.
No final da visita é possível experimentar os diferentes tipos de chá produzidos na fábrica. São bastante bons, mesmo para quem - como eu - não é grande apreciador de chá.
A fábrica é uma das mais antigas, senão a mais antiga, da Europa ainda em funcionamento.
No final da visita é possível experimentar os diferentes tipos de chá produzidos na fábrica. São bastante bons, mesmo para quem - como eu - não é grande apreciador de chá.
Depois da visita à fábrica, seguem-se as plantações. Um mar de ondas verdes, que sobem e descem ao ritmo da paisagem.
Sei agora que caso tivesse vindo aqui no sábado seguinte, teria visto a apanha do chá. Aparentemente, no primeiro sábado de Maio de cada ano, a apanha é feita em ar de celebração, com trajes a rigor. Seria engraçado de apanhar, mas terá de ficar para a próxima visita.
Nesta altura a chuva caía, intervalada por momentos mais calmos, mas com um céu sempre ameaçador.
O pôr do sol prometia ser fraco, pelo céu demasiado carregado, e o cansaço de uma noite sem dormir começava a pesar. Dei o dia por terminado, e voltei ao hotel.
Sei agora que caso tivesse vindo aqui no sábado seguinte, teria visto a apanha do chá. Aparentemente, no primeiro sábado de Maio de cada ano, a apanha é feita em ar de celebração, com trajes a rigor. Seria engraçado de apanhar, mas terá de ficar para a próxima visita.
Nesta altura a chuva caía, intervalada por momentos mais calmos, mas com um céu sempre ameaçador.
O pôr do sol prometia ser fraco, pelo céu demasiado carregado, e o cansaço de uma noite sem dormir começava a pesar. Dei o dia por terminado, e voltei ao hotel.
DIA 2
No segundo dia os destinos seriam a segunda tentativa à Lagoa do Fogo, caso não estivesse novamente tapada pela bruma, e depois a Lagoas das Furnas e Parque Terras Nostra.
Olhando para o pico da Água de Pau, verificámos que desta vez teríamos mais sorte. Iniciamos novamente a subida pela estrada serpenteante, parando em vários pontos pelo caminho, até à zona onde tínhamos estado no dia anterior. Desta vez era possível ver a Lagoa em todo o seu esplendor.
No segundo dia os destinos seriam a segunda tentativa à Lagoa do Fogo, caso não estivesse novamente tapada pela bruma, e depois a Lagoas das Furnas e Parque Terras Nostra.
Olhando para o pico da Água de Pau, verificámos que desta vez teríamos mais sorte. Iniciamos novamente a subida pela estrada serpenteante, parando em vários pontos pelo caminho, até à zona onde tínhamos estado no dia anterior. Desta vez era possível ver a Lagoa em todo o seu esplendor.
Ao longo da descida vão aparecendo vários miradouros de onde é possível ter diferentes pontos de vista sobre a Lagoa.
O céu estava bastante carregado, mas de vez em quando lá havia umas "abertas" que permitiam algum jogo de luz/sombra.
O céu estava bastante carregado, mas de vez em quando lá havia umas "abertas" que permitiam algum jogo de luz/sombra.
Registada a Lagoa do Fogo, era tempo de seguir em direcção às Furnas. O almoço, ainda distante, estava programado: o famoso cozido!
Após várias paragens noutros tantos miradouros com vista sobre a ilha, o destino principal era o Pico do Ferro. No topo de uma elevação com um declive de impor respeito, é possível ter uma vista panorâmica sobre a lagoa, e sobre as caldeiras, na sua margem. Aqui (nas caldeiras) era entretanto confeccionado o tal cozido, que mais tarde ia acabar por "morrer" à mesa.
Após várias paragens noutros tantos miradouros com vista sobre a ilha, o destino principal era o Pico do Ferro. No topo de uma elevação com um declive de impor respeito, é possível ter uma vista panorâmica sobre a lagoa, e sobre as caldeiras, na sua margem. Aqui (nas caldeiras) era entretanto confeccionado o tal cozido, que mais tarde ia acabar por "morrer" à mesa.
Após registar os "retratos" da Lagoa, com o seu verde intenso, era tempo de rumar à vila para tratar do almoço. Pelo caminho, como foi costume, fomos parando por aqui e por ali para registar a vista sobre as Furnas.
Passado pouco tempo, estavamos à mesa, e o cozido era servido. Há quem não goste, mas para mim é bom. Sou suspeito, porque gosto de cozido, seja nas furnas ou em casa da minha mãe.
Depois do cozido, de uma cervejinha Especial, de um café e de uma avantajada fatia de ananás, seguimos a pé em direcção ao Parque Terra Nostra.
Passado pouco tempo, estavamos à mesa, e o cozido era servido. Há quem não goste, mas para mim é bom. Sou suspeito, porque gosto de cozido, seja nas furnas ou em casa da minha mãe.
Depois do cozido, de uma cervejinha Especial, de um café e de uma avantajada fatia de ananás, seguimos a pé em direcção ao Parque Terra Nostra.
O parque é bastante grande e muito agradável. Justifica perfeitamente os 5€ que pagamos para visitar.
Perto da entrada pode ver-se (e usar) a "piscina" de água férrea. Mesmo com a baixa temperatura que se fazia sentir no ar, a água tépida convidava a entrar, e andava por lá quem não resistisse a um banho
Perto da entrada pode ver-se (e usar) a "piscina" de água férrea. Mesmo com a baixa temperatura que se fazia sentir no ar, a água tépida convidava a entrar, e andava por lá quem não resistisse a um banho
Além da flora diversificada que se pode ver em todo o parque, os lagos são habitados por diversas espécies de patos e outras aves. Destaque a este simpático e fotogénico Pato Mandarim.
A visita durou bastante tempo, e era agora altura de rumar às Caldeiras.
A visita durou bastante tempo, e era agora altura de rumar às Caldeiras.
Nas imediações das Caldeiras, o cheiro intenso a enxofre domina o ar. Nos primeiros minutos é difícil suportar, mas com o tempo lá nos habituamos. A água fervente lança constantemente vapor que "contamina" o ar. Nas proximidades, há umas pequenas fontes onde se podem "apreciar" dois tipos distintos de água: má e muito má. Vale pela experiência, claro.
Com o dia a terminar, decidimos seguir em direcção a Vila Franca do Campo.
Com o dia a terminar, decidimos seguir em direcção a Vila Franca do Campo.
Como tem sido hábito, fomos parando em vários locais, sendo que escolhemos o miradouro do Castelo Branco para tentar registar o pôr do sol (que, mais uma vez, não prometia grande coisa, pelo excesso de núvens). Do miradouro é possível avistar a Lagoa das Furnas, Vila Franca do Campo (e o seu ilhéu) e uma imensidão de campos verdejantes que ficam entre os dois locais. Registámos o que havia a registar, e seguimos em direcção ao hotel. Pelo caminho, olhando para poente, vislumbrámos muito ao longe aquilo que tínhamos procurado: um daqueles céus carregados de vermelho. Era demasiado tarde e estavamos demasiado longe para fotografar a Praia dos Mosteiros sob este manto. Infelizmente, tínhamos agendado isso para o dia seguinte.
DIA 3
Os destinos "principais" do terceiro dia eram dois. Primeiro, uma das 7 maravilhas naturais de Portugal: a Lagoa das Sete Cedades. Segundo, a Praia dos Mosteiros que commo disse atrás, devia ter sido agendada para o dia anterior, pelas cores do por do sol.
Saíndo do hotel, em Água d'Alto, fomos parando em tudo o que era parque ou miradouro. Caloura, por exemplo, apresenta uma simpática vista costeira.
Os destinos "principais" do terceiro dia eram dois. Primeiro, uma das 7 maravilhas naturais de Portugal: a Lagoa das Sete Cedades. Segundo, a Praia dos Mosteiros que commo disse atrás, devia ter sido agendada para o dia anterior, pelas cores do por do sol.
Saíndo do hotel, em Água d'Alto, fomos parando em tudo o que era parque ou miradouro. Caloura, por exemplo, apresenta uma simpática vista costeira.
Ao longo de vários kms fomos andando e parando. Perdemos algum tempo no Rosto do Cão, S. Roque, etc.
Ponta Delgada acabou por ficar "de fora". A nossa viagem acabou por ser mais à volta da natureza do que das cidades/vilas.
Ponta Delgada acabou por ficar "de fora". A nossa viagem acabou por ser mais à volta da natureza do que das cidades/vilas.
Continuando pela costa, chegamos a Relva, onde perdemos mais algum tempo. Aqui não havia vacas, mas alguns burros dormitavam pelos campos.
Quando nos começamos a afastar da costa ao andar em direcção à Lagoa, começam a aparecer masi alguns miradouros, que permitem avistar a costa e os campos que nos separam dela, onde vão dormitando as vacas pachorrentas. Vamos, mais uma vez, parando e fazendo umas fotos. A Liliana Guedes lá nos convenceu a enveredar por estradas secundárias, onde o pobre 207 lutava por subir, e ia ficando mais coberto de terra e pó a cada Km que passava.
No cimo do monte, algumas vacas descansavam em terrenos onde era difícil uma pessoa equilibrar-se de pé. Servi-me delas para preencher o primeiro plano de uma imagem com a vila(?) costeira de Feteiras ao fundo.
Nesta altura, a fome começava a apertar, e rumamos em direcção às Sete Cidades. Descemos, passando pelo miradouro sobre a lagoa de Santiago, e procuramos um restaurante.
Terminado o almoço circundamos a lagoa, mais uma vez pressionados pela Liliana para nos aventurarmos por caminhos suspeitos. Nesta altura, começavamos a achar que em vez do 207, devíamos ter alugado um jipe.
Nesta altura, a fome começava a apertar, e rumamos em direcção às Sete Cidades. Descemos, passando pelo miradouro sobre a lagoa de Santiago, e procuramos um restaurante.
Terminado o almoço circundamos a lagoa, mais uma vez pressionados pela Liliana para nos aventurarmos por caminhos suspeitos. Nesta altura, começavamos a achar que em vez do 207, devíamos ter alugado um jipe.
Passado algum tempo, subimos novamente em direcção ao miradouro mais emblemático: a Vista do Rei. Daqui tem-se a vista mais "clássica" sobre a lagoa. Embora seja uma vista deslumbrante, ao fotografar a partir daqui fica-se com a sensação de que se fez uma imagem igual à que pode ser vista em qualquer postal comprado numa loja de souvenirs.
Era preciso algo diferente e para isso, em vez de descer pela estrada principal com destino a Feteiras, seguimos (mais uma vez) pelo caminho de terra que percorre as cumeadas da cratera e vai em direcção a Várzea, já próximo dos Mosteiros.
A partir daqui é já possível ter vistas um pouco diferentes, incluindo alguns dos campos circundantes.
A partir daqui é já possível ter vistas um pouco diferentes, incluindo alguns dos campos circundantes.
Como não podia deixar de ser, as vacas iam marcando presença ao longo do caminho.
Fomos, como sempre, parando onde era possível.
Fomos, como sempre, parando onde era possível.
Chegando à Várzea, e como ainda tínhamos tempo até ao por do sol, fizemos um desvio até À ponta da Ferraria, onde fizemos umas fotos do farol e da zona de pedras vulcânicas junto às termas.
Com o aproximar da hora, rumámos à praia dos Mosteiros.
Com o aproximar da hora, rumámos à praia dos Mosteiros.
A praia, não muito grande e de areia preta, esperava por nós à medida que o sol baixava.
O céu não estava como no dia anterior. Infelizmente. Mas não seria por isso que não íamos fotografar.
Optei por apostar em silhuetas. A Liliana Guedes lá me fez companhia num auto-retrato.
O céu não estava como no dia anterior. Infelizmente. Mas não seria por isso que não íamos fotografar.
Optei por apostar em silhuetas. A Liliana Guedes lá me fez companhia num auto-retrato.
Fui fazendo algumas imagens enquanto o sol baixava, apostando sempre nas silhuetas. O local é promissor, mas não fiquei minimamente satisfeito com as imagens que lá fiz. Fica como objectivo para quando lá voltar. É sempre uma desculpa para voltar!
Tive ainda tempo para mais um ponto de vista, antes de a chuva nos expulsar da praia.
Com a chuva, e com o sol já demasiado abaixo do horizonte, rumámos mais uma vez ao hotel, parando em Ponta Delgada para jantar. Estava assim concluído mais um dia da nossa viagem.
DIA 4
No quarto dia, o destino era apenas o Nordeste. Pretendíamos ir até lá, percorrendo a costa sul da ilha. Para lá chegar, teríamos de passar novamente nas Furnas, pelo que aproveitámos para fazer uma fotografia que já tínhamos idealizado no dia em que tínhamos passado por aqui: um pontão de pedra na amrgem da Lagoa. O vento e a água agitada não nos permitiram fazer o que queríamos, aproveitando possíveis reflexos. Mesmo assim, registámos da forma que era possível.
No quarto dia, o destino era apenas o Nordeste. Pretendíamos ir até lá, percorrendo a costa sul da ilha. Para lá chegar, teríamos de passar novamente nas Furnas, pelo que aproveitámos para fazer uma fotografia que já tínhamos idealizado no dia em que tínhamos passado por aqui: um pontão de pedra na amrgem da Lagoa. O vento e a água agitada não nos permitiram fazer o que queríamos, aproveitando possíveis reflexos. Mesmo assim, registámos da forma que era possível.
Seguimos caminho em direcção à Ribeira Quente, parando, como sempre, sempre que a vista o justificava. Mais uma vez, a vista sobre os campos verdejantes foi atraíndo a nossa atençao. Chegados à Ribeira Quente, visitámos a zona do porto de pesca, e seguimos em direcção ao centro. Depois de uma voltinha, seguimos viagem em direcção à Povoação. Aproveitámos para almoçar por lá. Um delicioso Filet Mignon açoreano, segundo o empregado. Eu acreditei, e que era bom, isso era. Talvez tenha vindo de alguma prima de uma das que se vêem na imagem.
Saíndo da Povoação, subimos, parando novamente várias vezes. As vistas de verde e mar dominavam a paisagem.
O nevoeiro não ajudava as fotografias, retirando muito detalhe nos planos mais afastados, mas acabava por dar um ar misterioso que me agrada.
O destino principal que tínhamos era uma cascata. Sabíamos que existia, sabíamos qual era, como era, e pensavamos que sabíamos onde era. A ideia que tínhamos é que se situava junto ao Jardim Botânico do Nordeste. Fomos até lá, mas o jardim estava fechado. Decidimos tentar descobrir onde era, e depois de muito saltitar de pedra em pedra, chegámos a conclusão que não era ali. (foto da Liliana Guedes)
Decidi optar por um plano de recurso: GPS -> Pontos de Interesse -> Nordeste -> Cascatas. Escolhi a primeira que apareceu e seguimos viagem. Não ía fotografar AQUELA cascata, mas não me ía embora sem fotografar UMA cascata.
Decidi optar por um plano de recurso: GPS -> Pontos de Interesse -> Nordeste -> Cascatas. Escolhi a primeira que apareceu e seguimos viagem. Não ía fotografar AQUELA cascata, mas não me ía embora sem fotografar UMA cascata.
Ao chegarmos ao local designado (depois de muitas curvas, subidas e descidas) concluímos que afinal aquela cascata que eu tinha escolhido aleatoriamente era A cascata que procurávamos: a do parque da Ribeira dos Caldeirões. Após alguns minutos a rirmo-nos da nossa própria idiotice, lá fizemos umas fotos do local.
Após algumas fotos mais "abrangentes", fiz também algumas de detalhes.
Aproveitei também para apanhar o Nuno Rodrigues a trabalhar em posições menos confortáveis. Note-se que não foram violadas quaisquer medidas de segurança com vista à obtenção desta ou de outras imagens :)
Explorada a cascata, decidimos visitar o parque. Tem o seu encanto, atravessado por uma ribeira com algumas pequenas cascatas, alguns moinhos de água e edifícios em pedra.
Os caminhos de terra são ladeados de arbustos floridos, que nesta altura não estavam no seu melhor. Noutra altura do ano, terão certamente outro encanto.
A hora era já avançada e decidimos terminar a visita. Seguimos novamente em direcção a Vila Franca do Campo, desta vez pela costa Norte.
A hora era já avançada e decidimos terminar a visita. Seguimos novamente em direcção a Vila Franca do Campo, desta vez pela costa Norte.
Chegados ao hotel, houve ainda tempo para registar o pôr do sol. Mas não sem primeiro termos sidos espantados pela chuva. Parece ter sido regra que cada vez que punhamos os pés numa praia, a chuva decidir dar um ar da sua graça.
Acabámos por fazer mais uma ou outra foto na falésia junto ao hotel, na praia de Água d'Alto.
Acabámos por fazer mais uma ou outra foto na falésia junto ao hotel, na praia de Água d'Alto.
Era altura de jantar. Seria a última refeição antes do regresso no dia seguinte. o voo estava agendado para as 8:45.Após uma noite de merecido descanso, era altura de acordar. Uma hora mais cedo do que o necessário, porque "alguém" decidiu acertar o despertador pela hora do Continente.
Ao levantar voo, senti que houve uma imensidão de coisas que ficaram por ver. Não deu tempo para tudo. Houve coisas que gostaria de fotografar de outra forma, a outra hora, com outra luz.
Fotograficamente não foi um Jackpot. Mas foi bom visitar, conhecer, e registar lugares fantásticos na memória.
É uma viagem que recomendo a todos. Pela beleza das paisagens, pela calmaria do campo, pelo ar puro que se respira (ok... o ar das caldeiras não é muito puro).
A voltar? claro que sim, se a vida o permitir. Mas antes de voltar a S. Miguel, há outras 8 ilhas açoreanas a chamar por mim.
E agora, termino, para não vos maçar mais com as minhas histórias.
Imagens na fanpage do Facebook
Ao levantar voo, senti que houve uma imensidão de coisas que ficaram por ver. Não deu tempo para tudo. Houve coisas que gostaria de fotografar de outra forma, a outra hora, com outra luz.
Fotograficamente não foi um Jackpot. Mas foi bom visitar, conhecer, e registar lugares fantásticos na memória.
É uma viagem que recomendo a todos. Pela beleza das paisagens, pela calmaria do campo, pelo ar puro que se respira (ok... o ar das caldeiras não é muito puro).
A voltar? claro que sim, se a vida o permitir. Mas antes de voltar a S. Miguel, há outras 8 ilhas açoreanas a chamar por mim.
E agora, termino, para não vos maçar mais com as minhas histórias.
Imagens na fanpage do Facebook